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Abuso Verbal no Relacionamento - Parte 2


Está sofrendo um relacionamento abusivo? Veja aqui a continuação dos sinais de abuso verbal no relacionamento. 

 
Leia a parte 1 aqui

Você pensa que está sendo abusada verbalmente pelo seu parceiro. Na verdade, você suspeita que está em uma situação impossível, vivendo com um parceiro que não te respeita, que quer mudá-la ou, pelo menos, quer sempre estar no comando da sua vida.

É difícil admitir isso. É terrível desistir da imagem que você teve uma vez de um companheiro amoroso, gentil, inteligente e carinhoso. Mas se passou um longo tempo, desde que você o viu assim. Em vez disso, você encontra-se sempre se preparando para a próxima agressão verbal; o próximo incidente onde são encontrados falhas suas de alguma forma ou a culpa para as coisas serem do jeito que são. Você se sente envergonhada, triste e com raiva, mas presa. É difícil de acreditar. Você não entende o que aconteceu. Você mesmo, por vezes, acha mesmo que é tudo culpa sua.

Por que as mulheres ficam com os homens que as colocam para baixo? As razões são variadas e complicadas.

Não é incomum para as parceiras de serem completamente apanhadas de surpresa. Muitas vezes, as pessoas que abusam, não fazem nada do tipo, enquanto estão na fase de namoro. Se ele faz qualquer comentário negativo, é explicado rapidamente. Há desculpas e promessas. Ele pode até chorar. Uma vez casados, a situação se transforma. Agora que ele a tem, não sente mais a necessidade de manter-se reprimido. Com medo de que ela vá, de qualquer forma, ter a superioridade em qualquer discussão, ele começa uma campanha para mantê-la fora de equilíbrio. A esposa fica desiludida. Ela pergunta o que fez de errado. Onde é que está o cara divertido com quem ela se casou? Ele diz a ela que é tudo culpa dela. Se ele é dissimulado sobre isso, ela se pergunta se ele está certo e trabalha horas extras para corrigi-lo - sem entender que ele não tem qualquer intenção de mudar.

Há mulheres que acham que podem ver a insegurança do parceiro que está sempre buscando o controle. Ela tenta ajudá-lo. Ela concorda com ele que a vida tem sido injusta com ele. Ela fica do lado dele contra o mundo, sem entender que, nos olhos dele, o mundo inclui ela. Quando ele se vira contra ela, ela tenta ser compreensiva e explicar-lhe a situação. De vez em quando, ele até aceita a sua ajuda, o que lhe dá a falsa impressão de que as coisas estão mudando. O que ela não entende é que a insegurança dele é maior do que seu amor por ela. É maior do que o pensamento racional. É maior do que o seu desejo de ter uma parceria mútua.



Ainda outras mulheres acham que o problema é de comunicação. Terapeutas e conselheiros de casais irão dizer-lhe que o problema que se apresenta com mais frequência é "não podemos nos comunicar." Muitas vezes, o que isso significa, é que um dos parceiros realmente não quer se comunicar, se a comunicação significar ter que compartilhar a tomada de decisão e de poder . Do seu ponto de vista, ela teimosamente não vai entender, quando ele está sendo perfeitamente claro que ele é o único responsável. Ela tem certeza de que o terapeuta irá ajudá-lo a reconhecer que ele precisa ouvir outro ponto de vista. Afinal de contas, ele é uma pessoa racional, certo? Ela acha que ele quer que o relacionamento tenha sucesso, tanto quanto ela quer. Mas ela não entende que a necessidade de controle não é racional e, sim, ele quer que o relacionamento tenha sucesso, mas apenas em seus termos.

E existem outras mulheres que estão com muito medo, inseguras, envergonhadas ou dependentes demais para sair. Sua confiança está abalada. Com o tempo, ela foi se cansando ​​e se desgastando. Ela pode ter desistido de tentar ter amigos, desde que ele sempre se opôs que ela passasse algum tempo com eles. Ela pode não dar uma palavra sobre as finanças, mesmo que ela ganhe mais dinheiro do que ele. Ela está tão convencida de sua própria impotência, que acha que ela não pode fazer alguma coisa por conta própria ou que ela pode encontrar alguém melhor. Sentindo-se indigna de ser amada, inútil e impotente, ela se afunda em um baixo grau, ou não tão baixo grau de depressão, que a mantém presa. [leia: Você é Feliz com Seu Parceiro? 16 Sinais de um Relacionamento Infeliz]

O que fazer se você está sendo abusada verbalmente


Após exame de consciência, você admite isso. Você está em um relacionamento que está fazendo você se sentir mal em relação a si mesma. Você não quer desistir dele, mas também não pode suportar a ideia de passar o resto de sua vida com medo de que você vai ser demolida sempre que começar a se sentir bem consigo mesmo, ou sempre que a sua opinião for diferente da do seu cônjuge. Você sabe que não é bom para você. Tão importante quanto isso, você sabe que não é bom para os seus filhos crescerem acreditando que esta é a forma como as pessoas que se amam tratam uns aos outros. [Leia: 18 Sinais Claros e Críticos de uma Relação Doentia]

7 soluções para o Abuso verbal

 

1- Desista da ideia de tentar mudá-lo

Você não pode. Há razões importantes, mas equivocadas, de porque ele é o jeito que ele é. Ela pode ser fundamentada em sua própria educação, suas inseguranças ou em um transtorno de personalidade narcisista. Você não pode fazer seu trabalho terapêutico com ele. Mas - se ele quer mudar a si mesmo, há esperança. A menos que ele tenha um histórico de ser violento, você poderia pedir-lhe para entrar em alguma terapia antes de seu relacionamento ficar além de recuperação. 



2- Nunca entre numa competição de abuso verbal com ele

Isso não vai lhe ensinar alguma coisa. Só vai confirmar na mente dele que você é a pessoa irracional. Em vez disso, faça o caminho contrario. Calmamente, diga a ele que você sente muito por ele se sentir assim sobre você, mas que você não compartilha da mesma opinião. Diga a ele que você o ama muito para colocá-lo para baixo.

3- Estabeleça limites. 

Se o seu parceiro te xinga, te trata com desrespeito e sarcasmo ou te diminui quando você age apenas como a pessoa que você é, com calma diga que você espera ser tratada da maneira que ele trataria alguém que ele valoriza, admira e respeita. Se ele continuar assim, diga a ele que você vai para de conversar se ele não parar. Se ele não parar, calmamente saia da sala, dizendo-lhe que você está lhe dando espaço para pensar sobre o seu comportamento; e que estará de volta em uma hora ou mais. (Atenção: Não faça isso se ele é susceptível a ser violento Veja o item 7).

4- Tenha sempre um lugar para onde ir

As pessoas que precisam controlar seus parceiros muitas vezes tentam impedi-los de ter uma vida separada do casal. Você não pode deixar, se você tem para onde ir. Mantenha o seu próprio sistema de apoio. Certifique-se de passar tempo com seus amigos e fique em contato com os membros da família que você ama. Amigos podem lembrá-lo de que você é uma pessoa valiosa quando você começar a se sentir como o seu parceiro estivesse certo de que você não é.

5- Se você acha que as coisas não vão melhorar ou só vai piorar, inicie uma conta poupança para si mesmo. 

Coloque o dinheiro o suficiente para que você sempre sinta que é uma escolha se quer ou não ficar. Ter pelo menos o suficiente para uma passagem de ônibus para a casa da sua família ou de um amigo. Melhor ainda, poupar o suficiente para pagar o aluguel por alguns meses para que você nunca tenha que se sentir presa. 

6- Procure aconselhamento, se você acha que seu relacionamento tem conserto. 

Se você já tentou o seu melhor, mas você e seu parceiro não estão sendo capazes de forjar uma relação mútua de apoio amoroso, encontre um terapeuta de casais para ajudá-la. Se o seu parceiro não vai por causa de seu orgulho, teimosia, ou a sua convicção de que você é a única que precisa de "tratamento", então vá sozinha. Você precisa do apoio. Seu conselheiro pode ser capaz de ajudá-la a identificar maneiras de fazer o aconselhamento ser um pouco menos ameaçador para o seu parceiro, para que ele possa se juntar a você. 

7- Se o seu parceiro partiu da violência verbal para a violência física - vá embora

Existem delegacias de proteção à mulher em quase todas as cidades do Brasil ou mesmo instituições que podem ajudá-la a descobrir para onde ir e o que fazer. Se você estiver em um país sem essa ajuda, busque ajuda online. Certifique-se de usar um computador que o seu parceiro não irá usar. Algumas pessoas tornam-se violentas quando veem que os seus parceiros têm tentado encontrar alguma ajuda.



No Brasil, você pode contar com a Central de Atendimento à Mulher: basta discar gratuitamente o número 180. A Central é um programa da Rede de Atendimento, vinculada à Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), que reúne ações e serviços de diversos setores (em especial, da assistência social, da justiça, da segurança pública e da saúde). O sistema busca ampliar e melhorar a qualidade do atendimento às mulheres em situação de violência.

Existem também os serviços que atendem as populações mais afastadas dos grandes centros. No último ano, unidades móveis passaram a atender vítimas de violência nas áreas rurais e de floresta nos estados e no Distrito Federal. Os veículos fazem parte das ações do programa de combate à violência contra a mulher e circulam nas áreas rurais, levando serviços de segurança pública e de justiça previstos pela Lei Maria da Penha. Em sua equipe, há profissionais para garantir assistência social, jurídica e psicológica às mulheres vítimas de violência.


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